Conflito no Oriente Médio, ‘prévia do PIB’ e dados de atividade nos EUA e Europa marcam o dia | Bolsas e índices

Nesta manhã, o IBC-Br de fevereiro, indicador conhecido como prévia do PIB, será divulgado às 9h e atrai as atenções. Os investidores buscam pistas sobre o quão forte está a economia local e qual impacto isso pode ter na inflação e, consequentemente, nos juros e na bolsa.

Além disso, a manhã também é marcada pelos dados de varejo dos Estados Unidos, que saem às 9h30 de Brasília e a produção industrial da zona do euro, que foi divulgada às 6h.

Os números mostraram que o setor se recuperou em fevereiro. A produção industrial teve uma alta de 0,8%, em linha com o esperado pelo mercado. O resultado pode trazer bom humor para as bolsas locais por mostrar que a economia está voltando a ganhar força.

Apesar de os próximos dias serem marcados por outros indicadores e divulgações importantes, os olhos do mercado ficam atentos aos desdobramentos do conflito no Oriente Médio, que já começaram a ter consequências no mercado.

As criptomoedas, por exemplo, despencaram após os ataques do Irã a Israel. Para quem não sabe, por ser considerado um ativo mais arriscado, os investidores tendem a se desfazer delas em um cenário de crise que pode afetar o mercado financeiro.

Por outro lado, investimentos como o dólar, ouro ou os títulos do governo dos Estados Unidos são considerados ativos de mais segurança e, portanto, podem ganhar força em cenários turbulentos como o atual. Portanto, os investidores podem esperar uma valorização do dólar no pregão de hoje.

Um outro ponto que o mercado fica especialmente atento é a variação do preço de commodities, especialmente do petróleo. Como parte significativa da produção da matéria-prima vem do Oriente Médio, uma escalada do conflito pode fazer com que a oferta de petróleo fique limitada e, consequentemente, seu preço aumente.

E, como bem se sabe, um aumento no preço do petróleo tende a favorecer empresas produtoras da commodity (tal qual a Petrobras e até mesmo as “juniores”, como Prio, 3R e PetroReconcavo), mas também pode ajudar numa escalada da inflação. Afinal, se o petróleo sobe, ele afeta a cadeia produtiva de muitos outros produtos e serviços, que podem ver seus preços alavancarem junto. Portanto, o dia é de atenção (e cintos apertados) para os investidores.