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Casal empreende com loja que vende roupas por até R$ 20 e projeta faturar R$ 200 milhões com franquias | Franquias


Tudo por até R$ 20. Essa é a proposta da Prioridade 10, uma loja de departamentos criada em Cunha Porã (SC), uma cidade com pouco mais de 11 mil habitantes, em 2014. Hoje, quase dez anos depois, o casal fundador Rogerio Zorzetto, 34 anos, e Angelica Leising, 29, transformou o negócio em franquia, tem 73 unidades — sendo 20 próprias — e projeta fechar o ano com um faturamento de R$ 200 milhões.

Zorzetto conta que a loja nasceu do desejo do casal de ter um negócio próprio, logo após o período que o empreendedor passou servindo o Exército Brasileiro. Leising já trabalhava no ramo de confecções, mas ele, filho de agricultores, não tinha nenhuma outra experiência profissional.

“Trabalhei durante um ano e meio, dia e noite, em três empregos, para levantar os recursos. Juntamos, na época, R$ 20 mil”, conta Zorzetto. Eles recorreram também a um empréstimo de R$ 20 mil com o pai do empreendedor para conseguir tirar o projeto do papel.

Sem saber por onde começar, o empreendedor pegou o carro e foi visitar pólos têxteis no estado, para negociar diretamente com potenciais fornecedores. Ele conta que passou uma semana viajando, indo de empresa em empresa, buscando fazer uma compra grande e que coubesse nos recursos que tinha para conseguir abrir o negócio.

A primeira loja tinha 60 metros quadrados e o foco eram os produtos de confecção garimpados em fornecedores para vender a ideia da “qualidade com preço baixo”. Segundo o empreendedor, em três meses ele já tinha dinheiro suficiente para pagar o empréstimo que tinha feito com o pai, mas resolveu adiar a prestação de contas e abrir uma segunda loja. Três meses depois, veio uma terceira. Até então, todas tinham mais ou menos o mesmo tamanho. “Em um ano paguei o financiamento para o meu pai e montei a quarta loja”, afirma.

Unidade da Prioridade 10: rede vende itens por até R$ 20 — Foto: Divulgação

Zorzetto cuidava da parte de compras da empresa e negociação com fornecedores, e Leising ficava à frente do departamento administrativo. A Prioridade 10 continuou a crescer até que um concorrente abriu uma loja parecida, mas com porte maior e mais produtos, bem ao lado da unidade matriz. O casal entendeu que precisaria voltar para a estrada para atualizar o negócio

“Apostamos alto e montamos uma loja grande, com mais produtos, de 180 metros quadrados. Foi aí que entendemos que íamos ganhar na quantidade, montando lojas cada vez maiores. Nessa fase começaram a aparecer pessoas nos procurando para ser nossos sócios”, afirma.

Os empreendedores começaram oferecendo a concessão da marca para lojas cada vez maiores. No entanto, com a preocupação de manter a qualidade e o padrão dos itens vendidos, resolveram buscar informações sobre o sistema de franquias e migraram para o modelo em 2022. Nessa época, a rede já tinha 15 unidades próprias e 38 licenciadas, com um tamanho médio de 400 metros quadrados.

Durante esse período, a rede também evoluiu o leque de produtos vendidos nas lojas. A confecção ainda é a estrela do carrinho — sendo blusinhas e leggings os carros-chefe —, mas divide espaço com itens como acessórios, brinquedos e produtos de maquiagem. O tíquete médio, de R$ 40, varia sazonalmente — com o inverno, por exemplo, o valor sobe para R$ 60. O plano agora é colocar produtos de marca própria nas prateleiras, para trazer mais um diferencial.

Atualmente há lojas em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Mas a rede tem focado os esforços para abrir unidades em São Paulo e no Distrito Federal. A pretensão é passar de um faturamento de R$ 42 milhões em 2022 para R$ 200 milhões neste ano. Há ainda 15 inaugurações previstas até o fim de 2023.

Rogério Zorzetto, sócio-fundador da Prioridade 10 — Foto: Divulgação

O investimento inicial para se tornar um franqueado da Prioridade 10 é a partir de R$ 795 mil para a loja tradicional, com tamanho a partir de 400 metros quadrados. Neste formato, o franqueado pode vender todos os itens credenciados pela marca, e a compra é feita por um sistema unificado. Há também o modelo destinado apenas para a venda de itens de confecção, que demanda espaço de 300 metros quadrados e investimento a partir de R$ 430 mil. O prazo de retorno é estimado em até 24 meses.



PEGN

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