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Brasil deixa pódio e fica em quarto lugar em ranking de países com a maior taxa de juros reais | Moedas e Juros


Com o mais recente corte da Selic (taxa básica de juros) embutido nas taxas de juros futuros, o Brasil passa a ocupar o quarto lugar no ranking de países com a maior taxa de juros reais, que desconta a expectativa de inflação. A taxa é de 6,5%. A Argentina aparece em primeiro lugar na lista, com juros reais de 32,1%. Em seguida vem a Rússia com 7,9% e só então, agora com medalha de bronze, o México com 7,4%.

O cenário teve uma mudança brusca desde o levantamento realizado à época da reunião anterior do Copom, em agosto, quando o México liderava o ranking e o Brasil ficava em segundo lugar.

A compilação foi elaborada pelo Valor Data, com base em dados do Boletim Focus do Banco Central, da B3 e da Trading Economics. O levantamento considera apenas os países do G-20, composto por 19 nações e pela União Europeia, que representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Contudo, países menos desenvolvidos possuem taxas de juros reais maiores que o México e o Brasil.

O ranking foi feito usando as taxas básicas de juros dos países divulgadas mais recentemente. Já o cálculo para o Brasil considera um derivativo (contrato financeiro negociado na B3), descontando a expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para os próximos 12 meses.

Em quinto lugar, está a Arábia Saudita com taxa de 4,1% e, na sexta posição, fica a África do Sul, com juros reais de 2,9%. Estados Unidos e Reino Unido aparecem, respectivamente, nas nona e décima posições com juro real em 2,9% e 2,5%, nesta ordem.

O Brasil foi o primeiro país da América Latina a aumentar os juros, antes de Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai. Desde março do ano passado até maio deste ano, o Brasil sustentou a posição de país com o maior juro real do grupo analisado. Agora, entretanto, assim como seus pares na América Latina, começa a descer posições com os cortes de taxas que vêm se consolidando.

O Banco Central brasileiro cortou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 12,75% nesta quarta-feira (20), com a inflação mais comportada e a relativa estabilidade do cenário fiscal.

Contudo, o clima nas economias desenvolvidas está mais nublado e boa parte do sucesso das reduções de juros no Brasil depende dessas nações. Elas ainda aumentam os juros para combater a inflação e as taxas estão nos níveis mais altos dos últimos quase 15 anos. Entretanto, alguns países dão indicações de que devem parar de elevar os juros e o temor de uma recessão global perde força.

ranking pódio — Foto: Getty Images
ranking pódio — Foto: Getty Images



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