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Bolsas dos EUA fecham em alta com esperada decisão de manter taxas de juros | Investimento no Exterior


Wall Street fechou em alta nesta quarta (1) com as principais bolsas de Nova York impulsionadas pela decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de manter os juros inalterados entre 5,25% e 5,50% na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). O relatório de mercado de trabalho Jolts e os índices de gerente de compras divulgados hoje também deram suporte ao mercado.

No fim do pregão, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,67% a 33.274,58, o S&P 500 subia 1,05%, a 4.237,86 pontos, e o Nasdaq tinha alta de 1,64%, a 13.061,47 pontos.

O mercado preferiu focar na manutenção dos juros no que nos alertas ‘hawkish’ feitos por Powell. O presidente do Fed disse que a economia e mercado de trabalho muito fortes podem colocar o progresso da inflação em risco e exigir mais aperto monetário, salientando que pausar por duas reuniões não significa que uma nova alta não possa acontecer. ”É difícil estimar em quantos aumentos de juros as condições financeiras mais restritivas se traduzem”, afirmou. Para o presidente do Fed, a questão atual é se precisará subir mais, e a próxima dúvida será quanto tempo manteremos juros altos. Powell também ressaltou que cortes não estão em vista.

“Parece que o FOMC está agora no modo de “espera”, embora de uma forma agressiva, em vez de simplesmente em “pausa”, afirmou Jay Bryson, economista do Wells Fargo. Para a economista do Morgan Stanley, Ellen Zentner, contudo, ao listar os fatores que podem pesar na economia, o comunicado incluiu condições financeiras junto com condições de crédito, o que pode ser um sinal mais dovish.

Além de Powell, mais cedo, o relatório de empregos da American Data Processing (ADP) mostrou geração de 113 mil postos de trabalho no setor privado dos EUA em outubro. Embora o número represente uma aceleração ante os 89 mil de setembro, ele veio abaixo dos 130 mil previstos por analistas. Do lado da atividade, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) contrariou as expectativas ao cair para 46,7 pontos neste mês. Já o PMI industrial dos EUA medido pela S&P Global teve alta marginal de 49,8 a 50 pontos, em linha com o esperado.

Para Andrew Hunter, vice-economista-chefe da Capital Economics para EUA, os dados contrariam a ideia de que o Fed precisará subir mais os juros neste ciclo. Segundo ele, o PMI mostrou que as pressões inflacionárias em bens de consumo “continuam excepcionalmente fracas” e que o Jolts sugere uma desaceleração do aumento anual dos salários nos EUA a algo entre 3,5% e 4% ao longo dos próximos meses.

Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

 — Foto: Divulgação
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