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Bolsas de NY fecham em queda sob pressão de taxas nos títulos do Tesouro americano | Investimento no Exterior


As bolsas de Nova York fecharam em queda firme nesta quinta-feira (19), pressionadas pelas novas máximas em mais de uma década atingidas pelos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) de longo prazo, após comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell.

O índice Dow Jones recuou 0,75%, a 33.414,17 pontos, o S&P 500 caiu 0,85%, a 4.277,99 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,96%, a 13.186,18 pontos.

O mercado acionário ficou volátil após Powell afirmar que a força da economia dos EUA pode exigir mais aperto monetário no curto prazo, ao passo em que admitiu que o aumento dos Treasuries longos, se sustentado, reduziria a necessidade por juros ainda mais altos. No fim, as sinalizações hawkish se sobressaíram e os retornos da renda fixa americana saltaram a novas máximas desde 2007, o que pressionou o apetite por ações.

“Diferente da última reunião, está mais difícil cravar antecipadamente se vai ou não haver novo aumento de juros em novembro. Eu arriscaria dizer que se a reunião fosse hoje a probabilidade de manutenção seria maior. Mas tem muita coisa para acontecer até o final do mês, particularmente com relação aos desdobramentos da guerra no Oriente Médio”, diz Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad. Para ele, o componente de juros altos está dado como certo, mas o período em que eles serão mantidos está bem mais indefinido.

Entre ações, o destaque negativo do dia foi a Tesla, que derreteu 9,30% após divulgar uma queda de 44% de seu lucro líquido na noite de ontem. A Netflix, por outro lado, disparou 16,05% diante de resultados trimestrais mais fortes que o esperado. Entre outras empresas cujos balanços agradaram investidores, a AT&T saltou 6,46% e a American Airlines valorizou 0,79%.

Após ganharem impulso com o movimento da Netflix no começo do pregão, ações de tecnologia terminaram pressionadas pela perspectiva de juros mais altos nos EUA, e quase todas as principais companhias fecharam o dia em baixa. Assim, o índice específico do setor no S&P 500 teve queda conjunta de 0,44%. Os piores desempenhos do dia ficaram com os setores imobiliário e de consumo discricionário, com quedas de mais de 2%.

Conteúdo publicado no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

 — Foto: Divulgação
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