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Bolsas de Nova York caem mais de 1% sob sinalizações de novos apertos em juros | Investimento no Exterior


As bolsas de Nova York encerraram o pregão de hoje (26) em baixa de mais de 1%. Os índices acionários caíram na última hora de negócios, à medida que o mercado reagiu à piora na confiança dos consumidores nos EUA e às sinalizações conservadoras do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a política monetária.

O Dow Jones fechou em queda de 1,14%, a 33.618,88 pontos, o S&P 500 recuou 1,47%, a 4.273,53 pontos, e o Nasdaq teve forte baixa de 1,57%, a 13.063,61 pontos.

Wall Street abandonou a tentativa de recuperação iniciada ontem, quando os índices fecharam em alta mesmo diante da escalada nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). Hoje, apesar de movimentos mais moderados na renda fixa, as ações retomaram a trajetória baixista por conta de temores sobre a política monetária do Fed.

Somando às sinalizações hawkish (que indicam uma política monetária mais restritiva) recentes, o presidente da distrital de Minneapolis do BC americano, Neel Kashkari, afirmou que há 40% de chance de que a inflação nos EUA se mostre mais persistente e, por consequência, o Fed tenha de subir os juros mais do que projeta.

Além disso, indicadores econômicos pintaram um quadro pessimista sobre o futuro da maior economia do mundo. Mais importante deles, o índice de confiança do consumidor nos EUA caiu para 103 pontos em setembro, pior leitura desde maio, de acordo com o Conference Board. A queda foi puxada por um tombo nas expectativas futuras, que baixaram de 83,3 pontos a 73,7 pontos.

As vendas de novas residências despencaram 8,7% em agosto ante julho, enquanto o índice de preços de moradias da S&P Case-Schiller atingiu uma nova máxima histórica. “A economia parece estar prestes a quebrar, e pode facilmente piorar muito se o Fed precisar aumentar muito os juros”, diz Edward Moya, analista-sênior da Oanda.

Completando a junção de fatores que provocaram aversão ao risco em Nova York, o mercado está cada vez mais preocupado com a possibilidade de um “shutdown” do governo americano, diante do impasse para aprovar medidas orçamentárias em Washington até 1° de outubro, dia em que começo o calendário fiscal de 2024 nos EUA.

Caso o planejamento orçamentário não seja aprovado até lá, cerca de 25% das despesas da máquina pública americana – parcela dos gastos descritos como discricionários – seriam paralisados. Isso inclui despesas com a coleta e divulgação de indicadores econômicos, por exemplo.

Conteúdo originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

Investimento no exterior — Foto: Getty Images
Investimento no exterior — Foto: Getty Images



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