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BCE não deve reduzir juros em abril, mas primeiro corte está ficando mais perto, diz ata | Investimento no Exterior


O Banco Central Europeu (BCE) afirma, na ata da reunião realizada em 6 e 7 de março e divulgada hoje, que não deverá ter dados suficientes até a próxima reunião do comitê de política monetária em abril para realizar um corte de juros. A falta de dados dificultaria a obtenção de “confiança o suficiente sobre a sustentabilidade do processo desinflacionário até lá”.

Segundo a ata, os membros do comitê concordaram que terão significativamente mais dados e informações na reunião de junho, principalmente sobre a dinâmica de crescimento salarial.

A ata também traz o sentimento dos membros do BCE de que a data de um primeiro corte está ficando mais clara, embora não tenham discutido a realização de um corte imediato. No documento, os membros afirmam que os juros do mercado aumentaram desde reunião anterior do BCE, em janeiro, porque houve uma reprecificação para baixo no número de cortes de juros esperado no início do ano.

Segundo a ata, mais notícias favoráveis sobre a economia global e menos favoráveis sobre a inflação levaram o mercado a converger em direção à visão do BCE, de apenas três cortes de juros em 2024, com 85% de probabilidade do primeiro corte ser em junho. “Foi discutido que essa precificação reflete o reconhecimento de que o processo de desinflação será mais lento e menos certo do que esperado anteriormente”, afirma o documento.

As autoridades concordaram que a política monetária restritiva do BCE está sendo transmitida com força de forma ampla fazendo com que as condições financeiras fiquem mais apertadas. Também foi destacado que a redução de oferta de liquidez também está contribuindo para o aperto monetário.

Segundo a ata, os membros concordaram que a maioria das medidas da inflação subjacente diminuiu ainda mais desde a última reunião de política monetária em janeiro, devido aos efeitos indiretos da retração dos preços de energia, à redução do impacto dos choques de oferta e ao peso da política monetária restritiva sobre a demanda.

“As projeções dos especialistas para o núcleo da inflação foram revistas para baixo. Agora, estima-se que ele recue para 2% em 2026. No entanto, as pressões internas sobre os preços ainda estão elevadas, devido a uma combinação de crescimento salarial robusto, queda da produtividade do trabalho e inflação persistente nos serviços”, afirma.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

 — Foto: Getty Images
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