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Bancos centrais devem evitar corte prematuro dos juros, alerta FMI | Moedas e Juros


A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, enfatizou a importância de os bancos centrais evitarem a redução prematura de suas taxas de juros de referência, alertando para os riscos de um ressurgimento da inflação e a necessidade de medidas de política monetária mais restritivas.

Em seu discurso antes de uma reunião semestral de formuladores de política econômica global, segundo a Dow Jones Newswires, Georgieva reconheceu os avanços na contenção da inflação ao longo do ano passado, após os bancos centrais terem implementado aumentos significativos nas taxas de juros.

No entanto, ela advertiu contra uma flexibilização excessiva e precoce da política monetária, destacando que a medida poderia resultar em surtos inesperados de inflação, podendo exigindo um novo ciclo de aperto monetário.

Os comentários de Georgieva ocorreram em meio a preocupações renovadas sobre a inflação, após os recentes dados do Departamento do Trabalho dos EUA mostrarem uma aceleração nos preços ao consumidor em março, marcando o terceiro mês consecutivo de aumento mais rápido do que o esperado.

Esses dados abalaram os mercados financeiros e aumentaram as incertezas sobre as perspectivas de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Georgieva expressou confiança de que a inflação provavelmente diminuirá ao longo deste ano, mas pediu aos principais bancos centrais das economias avançadas, como os EUA, que tenham paciência e cautela em suas decisões de política monetária. Ela também observou que o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua taxa de juros inalterada, mas sinalizou um possível corte em junho.

Além disso, Georgieva antecipou que as próximas previsões econômicas globais do FMI serão mais otimistas do que as anteriores, em parte devido à robustez contínua da economia dos EUA. Ela destacou o forte consumo das famílias, o investimento empresarial e a melhoria das cadeias de abastecimento como fatores que contribuem para um crescimento global ligeiramente mais robusto.

Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

 — Foto: Kyle Glenn/Unsplash
— Foto: Kyle Glenn/Unsplash



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