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O jogo virou? Ações de varejistas (enfim) sobem em bloco com viés baixista dos juros | Empresas


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Perto das 11h30, Petz avançava colossais 39,71%, a R$ 4,89, mas esta é uma outra história. Sob o efeito puramente da melhora no ambiente macroeconômico, com o alívio na curva de juros, apareciam neste horário:

  • Alpargatas, que subia 6,47%, a R$ 8,80, era a maior alta entre as varejistas (excluída a rede para o mercado pet, claro);
  • Magazine Luiza vinha na sequência, em alta de 4,67%, a R$ 1,57;
  • Grupo Pão de Açúcar (GPA) aparece, então, subindo 3,81%, a R$ 2,45.
  • Lojas Renner em seguida entre os papéis do varejo, tinha alta de 3,7%, a R$ 15,98;
  • Já o Grupo Casas Bahia avançava 3,23%, a R$ 6,40; e
  • Carrefour Brasil apresentava ganhos de 2,84%, a R$ 11,59.

CVC estava à frente, em alta de 7,8%, a R$ 1,94, mas pelos mesmos motivos que as varejistas. Uma perspectiva de juros não tão onerosos ao consumo no mercado doméstico favorece essas empresas, cujos negócios (e receitas) estão intrinsicamente ligados à capacidade do brasileiro de consumo.

Além disso, muitas varejistas têm financeiras, operação por meio da qual financiam compras de seus clientes. Com juros mais baixos, os empréstimos voltam a se tornar atraentes para “carrinhos” maiores, quer dizer, de tíquete mais elevado.

Então as varejistas ganham duplamente: no serviço das dívidas e com a margem de lucro maior nesses itens mais caros, casos de eletrônicos e eletrodomésticos.

Os juros futuros começaram o dia em queda expressiva, apoiando esses papéis sensíveis às taxas. Toda a estrutura a termo da curva (quer dizer, futuros de curto, médio e longo prazo) devolvia parcialmente o avanço acumulado ao longo da semana, que foi pressionada pelo anúncio do governo sobre a mudança da meta fiscal para 2025, trocando a projeção de superávit nas contas públicas por déficit zero.

A notícia não agradou o mercado, que aumentou a percepção de risco de um “governo gastão”, o que desancorou as expectativas para as taxas.

Nesta sexta-feira, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos também operam em queda, com agentes locais reavaliando a trajetória da política monetária no Brasil.

Nada está garantido, no entanto. Ainda estamos no começo do pregão e agentes econômicos aguardam as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que deu declarações cautelosas nos últimos dias e mexeu com a curva de juros.

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alta crescimento — Foto: Getty Images
alta crescimento — Foto: Getty Images



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