Câmbio

Santander corta projeção para o dólar de R$ 5,20 para R$ 5,10 no fim do ano | Investimento no Exterior


Mesmo com a solidez das contas externas, o Santander diz ver espaço limitado para apreciação adicional do real e enxerga que no fim do ano o câmbio brasileiro esteja em torno de R$ 5,10 por dólar. Apesar de significar uma depreciação em relação ao atual patamar do câmbio doméstico (em torno de R$ 4,90 por dólar), a projeção do banco é menor do que a última estimativa, de R$ 5,20 para o fim de 2023.

Para 2024, o banco também revisou sua projeção para baixo, de R$ 5,35 para R$ 5,25, enquanto para 2025 a estimativa saiu de R$ 5,40 para R$ 5,30.

Na leitura de profissionais do banco, as perspectivas no exterior são de condições monetárias ainda restritivas, de acomodação nos preços de commodities e de lenta recuperação da economia chinesa. “Por outro lado, no âmbito doméstico, há riscos associados à implementação da nova regra fiscal e a taxa Selic seguirá recuando”, apontou o Santander, em nota. “Desta maneira, mantemos nossa visão de desvalorização da moeda à frente.”

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Ainda na avaliação do banco, os preços de commodities ainda favoráveis, embora abaixo dos picos, e taxa de câmbio desvalorizada deverão manter o déficit em transações correntes em níveis administráveis (próximo a 3% do PIB), com investimentos diretos no país financiando este desequilíbrio.

Em relação aos riscos que podem impedir o bom desempenho da moeda brasileira, o banco aponta que a frustração com reformas macroeconômicas pode levar a fluxos cambiais negativos. Além disso, a contração econômica mundial pode reduzir a demanda por commodities e, assim, prejudicar as receitas de exportações.

Dólar economia Estados Unidos — Foto: Getty Images
Dólar economia Estados Unidos — Foto: Getty Images



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