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Pedidos de seguro-desemprego seguem abaixo do esperado nos EUA. O que isso significa? | Investimento no Exterior


Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA ficaram em 207 mil na semana passada, encerrada no dia 30 de setembro, subindo em 2 mil na comparação com o número revisado da semana anterior, de 205 mil, de acordo com dados divulgados há pouco pelo Departamento do Trabalho.

O resultado de hoje veio abaixo do esperado por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 210 mil. A média móvel de 4 semanas foi de 208.750, uma queda de 2.500 em relação à média revisada da semana anterior, de 211.250.

Já os pedidos continuados da semana encerrada em 23 de setembro caíram 1 mil em relação ao número da semana anterior, para 1,664 milhão. Os pedidos continuados da semana anterior foram revisados para 1,665 milhão. Já a média móvel de quatro semanas dos pedidos continuados recuou 5 mil para 1,667 em comparação com a média revisada da semana anterior, de 1,672 milhão.

A aceleração dos pedidos de seguro-desemprego indicaria um arrefecimento do mercado de trabalho americano e, portanto, uma redução do poder de consumo da população. Em última instância, o dado é relevante para refletir o rumo da inflação de mercado nos Estados Unidos, já que a demanda é um componente importante para definição de preços.

Partindo desse cenário, o mercado avaliar se o ambiente econômico pode demandar mais altas nos juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), que está focado em controlar a alta dos preços nos EUA.

Ao frustrar as expectativas por pedidos em um patamar mais elevado, o dado divulgado hoje reflete um mercado de trabalho que ainda não arrefeceu como deveria (ou como se espera) em um ambiente de política monetária restritiva. Mas isso significa necessariamente mais altas nas taxas do Fed?

Não necessariamente. A começar que esse não é o único indicador para qual o comitê do Fed olha para tomar decisões sobre a política de juros. O principal vem amanhã (6), quando os EUA divulgarão seu relatório de empregos, o “payroll”.

Além disso, o número de hoje, embora abaixo das estimativas, não está tão longe assim: foram 207 mil contra 2010 mil esperados.

Isso pode ter contentado o mercado, por isso os juros futuros dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) caem hoje, rondando ajustes após terem atingido os maiores patamares em 16 anos. Perto das 13h15, o papel para 2 anos subia 0,03%, a taxa de 5,02%, para 10 anos, a taxa recuava 0,21%, a 4,712%; e para 30 anos, a taxa operava tecnicamente estável, com retorno de 4,877%.

Com informações do Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

 — Foto: Getty Images
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