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Inflação nos EUA, trajetória dos juros e dados de emprego no Brasil encerram a semana | Bolsas e índices


Após duas semanas intensas na agenda local e internacional, o mês e encerra com dados inflacionários dos Estados Unidos. Por aqui, o mercado especula sobre um posicionamento mais conservador do Banco Central no corte da Selic, já que a perspectiva de juros maiores lá fora tem provocado uma fuga dos investidores estrangeiros. Na agenda do dia, há a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) Contínua de agosto.

Hoje (29), o mercado acompanha, às 9h30 de Brasília, a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA, que é conhecido por ser a medida de inflação preferida pelo Federal Reserve (Fed). A expectativa é de que o núcleo (ou seja, a medida de inflação sem choques específicos, como aumento de combustíveis) tenha uma desaceleração e seja de 3,9% na comparçaão anual e uma alta de 0,2% na base mensal. Já o índice cheio deve acelerar para 0,5% no mês e 3,5% no ano.

Ontem, foi divulgado o PIB do segundo trimestre, que mostrou uma alta de 2,1%, levemente abaixo do esperado. A notícia, no entanto, é positiva. Isso porque o indicador mostra que a atividade não está tão aquecida quanto o esperado e, portanto, as pressões inflacionárias devem diminuir pelo menos um pouco.

E são justamente as pressões inflacionárias nos EUA (e, claro, as comunicações em tom mais conservador do Fed, o banco central norte-americano) que têm feito as apostas em juros maiores por mais tempo aumentarem. Com isso, muitos investidores têm fugido de países emergentes como o Brasil, para alocar parte do seu dinheiro nos EUA. O resultado, claro, tem sido uma subida forte do dólar nos últimos dias.

Em meio a esse cenário, o mercado especula que Roberto Campos Neto, presidente do BC, pode adotar uma postura mais conservadora no corte de juros. Ontem, o mandatário afirmou que “a barra está ligeiramente mais alta” para acelerar o ritmo de cortes.

Na agenda local, há ainda a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) às 9h. A mediana das projeções colhidas pelo Valor Data junto a 30 consultorias e instituições financeiras para a taxa de desemprego no trimestre móvel encerrado em agosto é de 7,8%, com intervalo de estimativas entre 7,7% e 7,9%.

No trimestre encerrado em julho, a taxa no país ficou em 7,9%, a menor para o período desde 2014 e em linha com o que era esperado por analistas.

  • Petrobras e Vale assinaram nesta quinta-feira (28) memorando de entendimento (MoU) para trabalharem juntas em projetos para soluções de baixo carbono, aproveitando as “expertises técnicas” das duas empresas. A parceria terá duração de dois anos e prevê a avaliação de oportunidades conjuntas de descarbonização. A lista inclui o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis — como o hidrogênio, metanol verde, biobunker, amônia verde e diesel renovável — e de tecnologias de captura e armazenamento de CO2.
  • Com um patrimônio líquido negativo em R$ 3 bilhões e prejuízo de R$ 840 milhões no acumulado do primeiro semestre deste ano, a Unimed-Rio vai transferir mais 107 mil usuários de planos de saúde individual, adesão e empresarial para a Federação das Unimeds do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). A entidade já recebeu cerca de 73 mil beneficiários, cujas migrações foram autorizadas em julho e no começo deste mês.
  • Assumir os cabelos grisalhos e não perder horas no salão para esconder os fios brancos é uma tendência que parece ter perdido força com o fim do isolamento social da pandemia. Ganhou a adesão de muitas mulheres, mas não afetou os negócios da Wella, que atua no ramo de coloração e tratamento para cabelos no Brasil desde os anos 1950. Ao contrário, a empresa afirma que o negócio nos país dobrou nos últimos dois anos. “O que estamos vendo são mudanças de estilo acontecendo rapidamente. As pessoas querem ficar loiras, depois morenas, depois pintar de rosa. O cinza natural nós vimos mais durante a pandemia. Agora as pessoas estão voltando a tratar do cabelo. E elas também vão ao salão para fazer com que o branco fique mais natural”, diz Annie Young-Scrivner, executiva-chefe (CEO) global da Wella Company desde dezembro de 2020, quando a Coty vendeu 60% da Wella para empresa de investimentos Kohlberg Kravis and Roberts (KKR) por US$ 2,5 bilhões.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo realdo Valor Econômico

binóculo — Foto: Getty Images
binóculo — Foto: Getty Images



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