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Governo projeta crescimento do PIB de 2,3% em 2024; confira estimativas do Orçamento | Brasil e Política


O governo federal trabalha com projeção de crescimento econômico de 2,3% em 2024, segundo os parâmetros previstos na proposta de Orçamento para o próximo ano, encaminhada nesta quinta-feira (31) ao Congresso Nacional. O texto leva oficialmente o nome de Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Para este ano, a projeção no PLOA é de crescimento do PIB é de 2,5%, de acordo com os dados que acabaram de ser divulgados.

Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as bases para a PLOA, a estimativa para crescimento era de 2,34% em 2024. No caso de 2024, o governo projeta avanço de 2,3%, e para 2025 calcula alta de 2,8%, segundo o PLOA, e 2,4% em 2026 e 2,6% em 2027.

Já a estimativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 foi projetada em 3,30%, contra os 3,52% previstos na LDO. Em 2025, a projeção para o IPCA é de 3,00%, mesma projeção para 2026 e 2027.

O governo ainda considera que a taxa básica de juros (Selic) média será de 9,8% em 2024. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano. Para 2025, o governo prevê juros 7,82%, 7,05% em 2026 e 7,06% em 2027.

Por fim, o PLOA prevê a taxa de câmbio média em R$ 5,02 no ano que vem, R$ 5,09 em 2025 e R$ 5,18 em 2026 e R$ 5,23 em 2027.

O PLO de 2024 prevê que o salário mínimo passará dos atuais R$ 1.320 para R$ 1.421 no ano que vem, o equivalente a um aumento de 7,7% em relação a 2023. A informação foi antecipada mais cedo pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o salário mínimo previsto para 2024 era R$ 1.389,00, já que esse montante não considerava a nova política de valorização, à época ainda não enviada ao Congresso.

O governo central terá meta de resultado primário zero em 2024, segundo o PLOA. No documento, o governo prevê um superávit de R$ 2,8 bilhões para o próximo ano, equivalente a 0% do PIB.

O PLOA prevê R$ 69,7 bilhões em investimentos em 2024, acima do piso estabelecido pelo novo arcabouço fiscal, que exigiria, ao menos, R$ R$ 68,5 bilhões em investimentos.

Do valor total de investimento, o PLOA reservou R$ 61,7 bilhões nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social para o Novo Programa de Aceleração de Investimentos (PAC). O PAC contará, ainda, com R$ 91,1 bilhões vindos do Orçamento de Investimento das estatais federais não dependentes.

O PLOA de 2024 prevê que a receita federal total alcançará R$ 2,7 trilhões no ano que vem, o que equivale a 23,7% do PIB. A receita líquida está projetada em R$ 2,191 trilhões.

Dentro das receitas, o governo federal calcula receber R$ 41,418 bilhões em dividendos no próximo ano. Além disso, estima mais R$ 113,6 bilhões de arrecadação com exploração de recursos naturais (rubrica onde estão os royalties de petróleo) e mais R$ 44,369 bilhões com concessões e permissões.

A despesa federal total será de R$ R$ 2,188 trilhões em 2024, o equivalente a 19,2% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a projeção da União. Do total, as despesas obrigatórias estão projetadas em R$ 2,114 trilhão.

No Orçamento, as despesas discricionárias, que podem ser cortadas mais facilmente, estão projetadas em R$ 174,274 bilhões para 2024.

Com informações do Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento, Simone Tebet — Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento, Simone Tebet — Foto: José Cruz/ Agência Brasil



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