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Dólar comercial avança e bate R$ 4,87 com elevação do ICMS | Moedas e Juros


O dólar comercial iniciou a sessão desta terça-feira exibindo apreciação contra o real. O movimento do câmbio doméstico está descolado da dinâmica externa, uma vez que a moeda americana apresenta (ainda que leve) desvalorização global nesta manhã. Perto das 9h45, das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, o real tinha o segundo pior desempenho frente ao dólar, só melhor do zloty polonês.

Perto das 11h20, o dólar comercial ampliou sua valorização frente ao real na manhã desta terça-feira, no momento em que os investidores avaliam a possibilidade de alguns estados elevarem o ICMS a 19,5%. A correção da forte apreciação do câmbio ontem e a ainda baixa liquidez também são explicadas por operadores de câmbio como motivos para o fortalecimento da moeda americana.

No horário, o dólar à vista era negociado em alta de 0,48%, a R$ 4,8750, depois de ter atingido a mínima de R$ 4,8448 e tocado a máxima de R$ 4,8859. No mesmo horário apontado acima, o contrato futuro para dezembro da moeda americana exibia apreciação de 0,39%, a R$ 4,8775, enquanto o giro estava em torno de 79,7 mil contratos, abaixo da média de 101,2 mil contratos das últimas 30 sessões.

Na leitura do operador de câmbio de um grande banco, há um efeito da notícia de possível aumento do ICMS dos estados maiores nos juros pré-fixados, o que pode impactar a inflação do ano que vem. “Isso pode estar afetando um pouco o câmbio por tabela também”, diz. “De todo jeito, esta semana tem uma liquidez reduzida por causa do feriado nos EUA, então os movimentos ficam mais erráticos.”

O operador de câmbio de uma gestora lembra que a Petrobras paga hoje a primeira parcela de R$ 15 bilhões de dividendos. “[A empresa] pode estar antecipando uma saída de capital para o pagamento dos ADRs lá fora”, afirma.

O dia ontem (20) foi marcado pelo bom humor vindo de fora e pela liquidez mais baixa devido ao feriado. Além do otimismo vindo da China (que beneficiou moedas atreladas a commodities), a demanda maior em leilão de títulos de longo prazo nos Estados Unidos deu espaço para depreciação global do dólar.

Com isso, a moeda norte-americana fechou o dia em queda de 1,11%, cotada a R$ 4,8517, no menor patamar desde 2 de agosto.

Investimentos em dólar: Fundos Money Market são alternativa à reserva de emergência — Foto: Getty Images
Investimentos em dólar: Fundos Money Market são alternativa à reserva de emergência — Foto: Getty Images



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