Dólar inicia sessão em leve queda com investidor de olho na China | Moedas e Juros
O dólar à vista inicia a sessão desta segunda-feira em queda leve frente ao real, com os agentes financeiros repercutindo notícias sobre a China, que pesam positivamente para ativos ligados à economia do país e também atrelados a commodities.
O real se beneficia na manhã desta segunda, assim como outros pares ligados ao petróleo e à maior economia da Ásia. Hoje, alguma volatilidade adicional deve ser observada no mercado devido à baixa liquidez graças ao feriado do Dia da Consciência Negra em São Paulo e outras praças.
Perto das 9h50, o dólar à vista era negociado em queda de 0,12%, a R$ 4,9003, enquanto o contrato futuro para dezembro da moeda americana exibia desvalorização de 0,18%, a R$ 4,9055. No exterior, o índice DXY recuava 0,30%, a 106,58 pontos, perto do menor patamar desde agosto deste ano.
O rendimento do título de dez anos dos Estados Unidos operava em alta, de 4,440% para 4,485%. Nesta sessão, na ausência de indicadores de peso, o destaque fica com o leilão de títulos de 20 anos nos EUA, que deve vir a ser um teste para o apetite dos investidores por títulos americanos de longo prazo. Apesar de uma leve pressão dos Treasuries, a maioria das 33 divisas acompanhadas pelo Valor avança contra o dólar.
O que pode estar ajudando é a China. O noticiário traz que a maior economia da Ásia está elaborando uma lista com imobiliárias que serão elegíveis para financiar suas obras. Isso teria dado força para ativos ligados à economia chinesa e também a commodities. Pela manhã, assim, o dólar recuava, 0,47% e 0,63% ante os dólares neozelandês e australiano. Divisas ligadas ao petróleo também se beneficiam, como é o caso da coroa norueguesa e do rublo russo, em dia em que os preços da commodity sobem mais de 1%.
No campo doméstico, o destaque fica com o relatório Focus. Diante de dados mais fracos de inflação nos últimos meses, a projeção do IPCA para este ano saiu de 4,59% e foi para 4,55%, enquanto para o ano que vem saiu de 3,92% para 3,91%. A leitura de dados fortes sobre a entrada de dólares no Brasil via fluxo comercial tem alterado a perspectiva dos economistas sobre o câmbio. A projeção do dólar no fim de 2024 saiu de R$ 5,08 para R$ 5,05 no relatório desta semana, enquanto para 2025 caiu de R$ 5,11 para R$ 5,10.
Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.
