
Bolsas da Europa sobem até 4% na semana com desaceleração da inflação local | Investimento no Exterior
As bolsas europeias encerraram o pregão desta sexta (17) em forte alta e acumularam ganhos de até 4% nesta semana, apoiadas pela percepção de que o ciclo de alta de juros terminou na maioria das economias desenvolvidas. Tal visão ganhou força com a desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, cuja leitura final de outubro foi divulgada na manhã de hoje.
O Stoxx 600, que compila ações de 17 mercados europeus, fechou em alta de 1,01%, a 455,82 pontos. Nesta semana, o índice acumulou ganhos de 2,82%.
Na bolsa de Frankfurt, o DAX subiu 0,84% hoje e 4,49% na semana, a 15.919,16 pontos. Já o índice londrino FTSE 100 teve alta diária de 1,26% e semanal de 1,95%, a 7.504,25 pontos, enquanto o CAC 40 avançou 0,91% nesta sexta-feira e 2,68% desde segunda-feira, a 7.233,91 pontos.
O CPI da zona do euro confirmou a desaceleração para 2,9% na base anual de outubro, conforme havia mostrado o dado preliminar, e segue se aproximando da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE). Já o núcleo do índice, que exclui os preços de energia e alimentos, teve alta anual de 4,2%. Em relação a setembro, o aumento da inflação europeia foi de 0,1%, no índice cheio, e de 0,2%, no núcleo.
“Olhando para o futuro, a tendência central em nossa previsão ainda é que a inflação deverá ficar abaixo das previsões do BCE – atualizadas recentemente em setembro – substancialmente no curto prazo e, em especial, no próximo ano como um todo”, diz Claus Vistesen, economista-chefe para zona do euro da Pantheon Macroeconomics.
Se a previsão de uma inflação mais branda do que o BCE espera se confirmar, o analista acredita que o primeiro corte de juros no bloco econômico ocorrerá em março do ano que vem.
No Reino Unido, a atividade econômica deu novo sinal de enfraquecimento com a queda de 0,3% nas vendas do varejo entre setembro e outubro. Por lá, as principais autoridades do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) têm sinalizado que não vão mais subir os juros.
Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.
