
XP corta projeção para o dólar de R$ 5,10 para R$ 4,90 no fim do ano | Investimento no Exterior
“O ambiente econômico internacional continua bastante incerto. Afinal, o cenário de juros altos por mais tempo nas economias desenvolvidas não saiu do radar, e as tensões geopolíticas (e conflitos militares) persistem. Do lado doméstico, os riscos fiscais voltaram a ganhar espaço, sobretudo com a provável alteração das metas fiscais”, observa o economista.
Margato aponta, ainda, que a XP não alterou a visão estrutural em relação ao câmbio. Em horizontes mais longos, o economista mantém o prognóstico de apreciação do real. “Conforme temos destacado há alguns meses, os chamados fundamentos econômicos sugerem que a taxa de câmbio estrutural (‘valor justo’) no Brasil estaria entre R$ 4,50 por dólar e R$ 5,00 por dólar. A nosso ver, a maior resiliência do câmbio em comparação a outros ativos financeiros no mês passado (como renda fixa e ações) reflete, em certa medida, o bom desempenho de alguns daqueles fundamentos”, diz.
Margato cita como exemplos a robustez do balanço de pagamentos, sobretudo via fluxos comerciais, que “parece ter papel protagonista”. Nesse sentido, a XP continua a projetar o dólar a R$ 4,85 no fim de 2024 e a R$ 5,00 no fim de 2025.
Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico