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Para Mansueto, melhora dos ativos locais não é mérito do Brasil. Quem leva o crédito? | Hora de Investir


“O debate reacendeu a mudança de metas primárias. O plano fiscal do governo é baseado em gasto. Mesmo caindo a arrecadação, o fiscal crescerá 0,6%. O risco é interpretarmos o cenário lá fora e a melhora do mercado como um aval e conforto para descompromisso com o fiscal”, disse o economista. Para ele, “o crescimento da bolsa, de 13% no ano, teve grande parte desse percentual apenas em novembro, por conta da queda do juro americano”.

“Quando a taxa americana caiu e a curva futura também, a situação no Brasil melhorou. O cenário aqui não é ruim. Começamos com a taxa de juros das maiores do mundo. Estamos num período de melhora do mercado no curto prazo por conta dos juros americanos, mas não indica nada a longo prazo. As incertezas agora estão maiores que 30 dias atrás”, disse Mansueto em evento na FGV nesta sexta-feira em São Paulo.

Apesar das críticas, o economista apontou que, diferente do Congresso americano, há consenso de que o Brasil apresenta problemas fiscais que precisam de ajuste: “Todos no governo e no Congresso falam da questão fiscal, aceitam o fato de que é necessário o debate. No Congresso americano ou na equipe econômica, ninguém fala da necessidade do ajuste. Há uma diferença grande entre o governo americano e o brasileiro. E, lá, o problema é, pelo menos, até 2030”.

*sob supervisão de Gabriel Roca

Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.



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