Onda de calor turbina faturamento de franquias de sorvete; vendas crescem até 300% | Franquias
Com a mais recente onda de calor, que tem trazido recordes de temperatura a diversas regiões brasileiras, redes de franquias de sorvete viram o faturamento crescer. Isso também tem inspirado os investimentos das empresas para lidar com o verão acima de 40 graus que deve aquecer o país nos próximos meses.
A Oggi Sorvetes já havia tido um pico de vendas em setembro, cerca de 30% maior que o patamar normal, quando o país também registrou temperaturas elevadas. “Vale ressaltar que a onda de calor em setembro não durou o mês todo. Tivemos esse aumento em um período de dez a vinte dias”, diz Rodrigo Mauad, sócio-fundador da marca.
Agora, em novembro, a empresa viu os números crescerem 300% em relação ao mesmo período do ano passado. De olho nas previsões meteorológicas, e com o resultado de setembro, a empresa já aumentou a capacidade fabril e logística no início de outubro, com um novo centro de distribuição em Minas Gerais para abastecer as quase mil lojas em funcionamento. “Já estava previsto, mas antecipamos nosso planejamento para atender à demanda maior”, afirma.
O calorão também tem mexido com a rotina da rede de gelatos italianos Cuor di Crema: o faturamento médio diário na primeira quinzena de novembro foi de R$ 7,6 mil em cada uma das nove lojas da rede, um aumento de 36% se comparado ao mesmo período no mês anterior. Agora, a rede prevê ampliar a produção neste verão em 30%.
Thiago Ramalho, CEO da rede Gela Boca, conta que precisou abrir um segundo turno na fábrica, e os franqueados tiveram que comprar câmaras frias para aumentar o estoque. “Não estava sendo suficiente para atender a demanda”, diz. A rede comprou três caminhões para agilizar a logística – antes eram 11 para atender às cerca de 120 lojas da rede.
A rede experimentou um aumento de 150% nas vendas na primeira quinzena de novembro, se comparado ao mesmo período do ano anterior, e de 40% em relação ao outubro. “Seguramos várias ações comerciais para dar conta da demanda e antecipamos investimentos na ampliação da fábrica”, diz. A planta atualmente consegue fazer 150 mil picolés e 25 mil litros de massa e açaí em dois turnos.
Na Ice Creamy também foram adotadas algumas mudanças operacionais para ajudar donos das 60 franquias ativas a dar conta da demanda. Só nos últimos sete dias, as vendas cresceram 26%. “As sorveterias são muito suscetíveis ao clima e isso inclui a onda de calor, que tem feito a diferença no nosso negócio”, diz o CEO da rede, Eliade Nogueira.
A empresa tem investido em novos caminhões, câmaras frias e até na flexibilidade do estoque dos franqueados. “Se antes fazíamos entregas a cada 15 dias, passamos a fazer semanais”, diz. Nogueira revela que a rede desenvolveu uma linha de sodas italianas, em collab com a Fabbri, que deve chegar às loja nos próximos dias para aproveitar a alta demanda que vem por aí. “Estrategicamente, para nós, tem tudo a ver com a onda de calor”, diz Nogueira.
