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Dólar valoriza em dia de agenda mais fraca | Moedas e Juros


O dólar opera na sessão desta sexta-feira em alta frente ao real. A agenda de hoje permanece mais fraca, com os investidores mais atentos a comentários de integrantes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central. Às 10h44, o dólar era negociado em alta de 0,43%, a R$ 4,892.

Nesta semana, os participantes do mercado alimentaram a esperança de que o “rali de fim de ano” (período de valorização de ativos de risco, comum nessa época) possa se concretizar. Dados da evolução de preços nos Estados Unidos vieram melhores do que o esperado pelo mercado, dando margem para a leitura de que o Fed terminou definitivamente este ciclo de aperto monetário. Isso acabou se refletindo na curva de juros americana.

Mas o jogo ainda não está ganho e justamente por conta das dúvidas que ainda pairam sobre a atividade forte nos EUA é que os agentes financeiros vão acompanhar com cautela tanto os dados econômicos do país, quanto os comentários dos integrantes do BC americano. Hoje haverá divulgação de dados sobre construções no país e ao menos quatro representantes e dirigentes do Fed participam de eventos.

Por aqui no Brasil, questões envolvendo a seara fiscal podem pesar nas negociações do mercado de câmbio. Como lembram estrategistas do banco BBVA, em nota, as preocupações do mercado e os comentários oficiais sobre o déficit fiscal continuam a oscilar, empurrando a moeda para lá e para cá. “Na quinta-feira foi o ministro Alexandre Padilha quem destacou que o governo não apoiaria uma mudança na meta de déficit fiscal zero”, afirmou o banco.

Além do já mencionado, há atenção especial com os preços do petróleo, que caíram quase 5% na sessão de ontem. Preocupações com a commodity pesam especialmente sobre o câmbio. Ontem divisas ligadas ao petróleo foram as mais afetadas, como foi o caso da coroa norueguesa e dos dólares canadense e australiano. O real também foi impactado, ainda que de forma bastante limitada.

Apesar da volta do apetite ao risco ter ajudado a derrubar o dólar nos últimos dias, ontem (16), sob influência externa, a moeda norte-americana voltou a subir.

Em um dia em que a desvalorização dos preços do petróleo levou moedas ligadas à commodity a sofrer, a divisa americana ficou 0,17% mais cara, cotado a R$ 4,87. Queda de 0,91% na semana. De 3,39%, no mês. De 7,74%, no ano.

(Nota em atualização até o fechamento)

Chora, Dólar — Foto: GettyImages
Chora, Dólar — Foto: GettyImages



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