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Bolsas da Europa caem até 2% em semana de decisões sobre juros | Investimento no Exterior


As bolsas europeias fecharam mistas nesta sexta-feira, (22) em geral com movimentos moderados, após investidores reagirem aos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) da região divulgados hoje. Na semana, as ações acumularam perdas após a forte aversão ao risco diante da postura mais conservadora dos bancos centrais.

O índice Stoxx 600, que compila ações de 17 mercados europeus, fechou em queda de 0,31%, a 453,26 pontos, e caiu 1,88% nesta semana.

Na bolsa de Frankfurt, o DAX teve queda diária de 0,09% e semanal de 2,12%, a 15.557,29 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,33% hoje e 2,63% na semana, a 7.190,41 pontos. O índice londrino FTSE 100, por outro lado, subiu 0,18% nesta sexta-feira, a 7.692,07 pontos, mas o resultado não foi suficiente para impedir uma baixa semanal de 0,36%.

Após as várias decisões de juros de alguns dos principais bancos centrais do mundo na quarta e quinta-feira, o mercado europeu focou hoje nos PMIs preliminares de setembro medidos pela S&P Global. Na zona do euro, o dado composto (que engloba os setores de indústria e serviços) subiu para 47,1 pontos e contrariou a queda esperada para 46,5 pontos. O resultado foi ajudado pelo PMI alemão, que exibiu alta a 46,2 pontos. O PMI da França, por outro lado, recuou a 43,5 pontos, ante expectativa de leve alta.

No Reino Unido, o PMI composto foi na direção contrária à prevista pelos economistas ao recuar para 46,8 pontos em setembro. Com os resultados, os PMIs europeus indicam contração da atividade em todas as principais economias do continente (indicada pela pontuação abaixo de 50). Hoje também saiu o PMI composto dos EUA, que indicou atividade econômica estagnada ao recuar levemente para 50,1 pontos.

“Os PMIs preliminares de setembro se juntam às evidências de que a atividade econômica nos EUA e na Europa está enfraquecendo. Isto apoia a nossa opinião de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco de Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) terminaram de aumentar as taxas de juro”, diz Simon MacAdam, economista global sênior da Capital Economics.

Segundo ele, os PMIs mostram não só que a atividade está mais fraca, como também que o mercado de trabalho tem mostrado maior equilíbrio e as pressões inflacionárias nas principais potências globais têm diminuído. “Desta forma, este conjunto de PMIs não fornece aos bancos centrais muitas razões para considerarem novas subidas de juros”, completa MacAdam.

Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

 — Foto: Getty Images
— Foto: Getty Images



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